sábado, 5 de maio de 2018

Na sequência da Exposição "Pampilhosenses na I Grande Guerra 1914-1918" realizada em Agosto de 2010 em Carvalho, o núcleo da Casa Museu da Liga de Melhoramentos de Carvalho (LMC) pretende publicar, em Agosto de 2018, um livro sobre a mesma temática, homenageando, desta vez, de uma forma permanente os combatentes do concelho de Pampilhosa da Serra que se viram envolvidos numa guerra horrível.  
No livro será utilizado o levantamento documental e fotográfico então feito. Estamos, no entanto cientes,  que o trabalho efectuado estará sempre incompleto, apesar dos nossos esforços para localizarmos  o maior número possível de combatentes e respectivos documentos, fotografias,  objectos ou histórias.
Assim, apelamos a todos os pampilhosenses que de alguma forma possam colaborar connosco o favor de nos contactar.
P' Casa Museu LMC
Ana Paula Branco

domingo, 24 de novembro de 2013


Transcrição da certidão de óbito do combatente do CEP João Baptista Gil, natural de Soeirinho, Pampilhosa da Serra, morto ao serviço da Pátria em 1917.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

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Fotos da inauguração da Exposição




Inauguração da EXPOSIÇÃO “Pampilhosenses na Grande Guerra 1914-1918”

Esteve patente ao público desde o dia 28 de Agosto até ao final de 2010 a exposição “Pampilhosenses na Grande Guerra 1914-1918”, na sala da antiga escola primária da povoação de Carvalho, aldeia da freguesia e concelho de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra.

A exposição foi inaugurada no dia 28 de Agosto pelas 15 horas, estando presentes os Senhores Engº Jorge Custódio, Vice-presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra em representação do Senhor Presidente da Câmara Municipal, José Brito, Tenente – coronel Mário Pereira, Vice-presidente da Liga dos Combatentes de Coimbra, Major Guerra da Silva, em representação do Comandante da Brigada de Intervenção sediada em Coimbra e Engº Nuno Brás, Presidente da Direcção da Liga de Melhoramentos de Carvalho.

Estiveram ainda presentes para além de diversos dirigentes autárquicos e de colectividades regionalistas do concelho de Pampilhosa da Serra e dos órgãos da imprensa regional, designadamente Jornal Serras da Pampilhosa e Jornal de Arganil, muitos familiares de combatentes procedentes de diversos pontos do País.

A inauguração teve início com a mensagem de boas-vindas de Jaime Henriques a todos os visitantes, seguindo-se uma singela homenagem aos combatentes com um minuto de silêncio. Posteriormente cantou-se o hino nacional, sucedendo-se a visita guiada à exposição apresentada pelos elementos da comissão organizadora, Jaime Henriques,Tita Henriques e Ana Paula Branco.

Realizada no âmbito das comemorações do Centenário da República, a exposição teve o apoio da Comissão para as Comemorações do Centenário da República, do Museu da Presidência da República, da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, da Câmara Municipal, da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra e de diversos amigos e familiares de combatentes.

A Casa Museu da Liga de Melhoramentos de Carvalho pretendeu com a exposição dar a conhecer e homenagear os Combatentes Pampilhosenses que estiveram nas trincheiras da Flandres e em África, durante a Primeira Guerra Mundial que decorreu entre 1914 e 1918.

Mais de uma centena e meia de soldados naturais do concelho de Pampilhosa da Serra cumpria o serviço militar, na sua maioria, nos regimentos de Infantaria 23 e 35 de Coimbra quando foram mobilizados para a guerra e com essas unidades rumaram a França e a África (Moçambique) entre os anos de 1917 e 1919. Desses, mais de uma dezena não regressou. Outros foram feitos prisioneiros pelo exército alemão chegando a Portugal apenas na primavera de 1919. Muitos regressaram doentes.

Pretendeu-se com esta exposição evocar os “SOLDADOS PAMPILHOSENSES CONHECIDOS” que integraram o Corpo Expedicionário Português – o oficial de carreira, o miliciano, o voluntário, e/ou o capelão que ministrava assistência religiosa aos soldados.

Alguns destes homens voltaram às suas terras e prosseguiram a vida simples que anteriormente viviam, apenas interrompida pelos anos da guerra. Outros tornaram-se personalidades de referência no concelho, sendo hoje, em qualquer dos casos, ignorada a sua passagem pelas trincheiras.

Com esta exposição desejou-se reavivar a sua memória, para que não permanessessem mais como simples soldados desconhecidos.

A exposição, resultado de investigação e recolha minuciosa, apresentou ao público uma cronologia da Grande Guerra, fotografias alusivas ao recrutamento e treino dos militares, embarque, transporte e desembarque das tropas, deslocação e aquartelamento do CEP, equipamento e armamento usado, quotidiano das tropas em combate, serviços de saúde e religioso, fim da guerra e o regresso dos combatentes.

A segunda parte da exposição dedicada ao concelho de Pampilhosa da Serra exibiu uma cronologia dos Batalhões de Infantaria nº 23 e nº 35 e biografias dos combatentes pampilhosenses que foram feitos prisioneiros ou que faleceram durante o conflito. Patenteou-se ainda a ênfase dada pela Imprensa Regional à Guerra. Exibiram-se biografias com referências genealógicas de todos os combatentes das dez freguesias do concelho, fundamentadas por diversos documentos, fotografias e objectos que lhes pertenceram.

No dia da inauguração da exposição teve ainda lugar a apresentação do livro “Carvalhanse nas Terras do Fim do Mundo” da autoria de Maria Celeste Barata Baptista, neta do combatente Manuel Gonçalves Baptista, natural de Carvalho, expedicionário a Moçambique que, numa sincera homenagem ao seu avô, relata a sua história de vida, essencialmente no que se refere à sua estadia naquele país Africano durante o período da Grande Guerra. O livro é, segundo a autora, “um grito de revolta contra todas as guerras sem sentido que trucidam as gentes que produzem, trabalham e querem viver em paz, amar e criar os filhos, mesmo que ganhem o pão com muito suor e lágrimas à mistura”.